Djalma Nascimento de Freitas, o Djalma (ou Djalma Freitas neste blog), nascido no dia 27 de novembro de 1941 em Recife, falecido a 14 de junho de 2012, é o segundo maior artilheiro da história do Sport, com 159 gols, atrás apenas de Traçaia (202 gols).
Centroavante rompedor, goleador nato, valente, viril e que nunca dava um lance como perdido. Foi o pesadelo dos defensores adversários durante sua carreira no Brasil e em Portugal. Fora de campo, era a antítese do profissional exemplar: indisciplinado, farrista, boêmio e amante das mulheres. Talvez por estas características, tornou-se um jogador folclórico, sempre lembrado pelos pernambucanos e lusitanos que o viram jogar.
Djalma chegou ao Sport em 1959, aos 17 anos, após belas apresentações vestindo a camisa do América na temporada anterior. A despeito de sua pouca idade, foi peça importante na boa campanha do Sport na Taça Brasil de 59, jogando ao lado de lendas rubro-negras, como Raúl Bentancor e Traçaia.
Não demorou para que o jovem atacante percebesse que sua vocação era fazer gols. No ano seguinte, sagrou-se artilheiro do Campeonato Pernambucano com 35 gols, um a menos que o recorde da época, que pertencia ao também rubro-negro Pacoti (36 gols no Pernambucano de 1958).
Vitória de Guimarães |
Em 1961, a fama dos gols de Djalma já não se resumia ao território pernambucano, despertando interesse de clubes sudestinos. O Sport aceitou emprestá-lo por um curto período, para que ganhasse experiência. Durante o empréstimo, Djalma obteve sucesso, marcando muitos gols numa excursão pela América do Sul. Após seu retorno, obviamente houve tentativas de contratá-lo em definitivo, mas desta vez o Sport não facilitou sua saída, fazendo com que o artilheiro permanecesse em Recife.
Naquele mesmo ano, Djalma participou da pequena excursão ao Suriname e conquistou o Campeonato Pernambucano, seu primeiro título na Ilha do Retiro, marcando 2 gols nas finais.
Em 1962, voltou a conquistar o Campeonato Pernambucano, e contribuiu decisivamente com que o Sport chegasse às semifinais da Taça Brasil, primeira semifinal nacional da história do clube.
Porto |
Na temporada seguinte, foi o artilheiro do Sport no Torneio de Nova York, com 4 gols, e participou de sua terceira Taça Brasil, da qual o rubro-negro saiu com a 5a colocação.
Apenas em 1965, Djalma deixaria o Leão da Praça da Bandeira rumo a Portugal onde escreveria mais uma bela página de sua história.
Estreou em terras portuguesas vestindo a camisa do Vitória de Guimarães. Em sua primeira "época", já demonstrou seu faro de goleador, marcando 18 "golos" em 22 jogos. Poderia ter ido mais longe: uma suspensão de 6 partidas, por agressão, inviabilizou a conquista da artilharia daquele Campeonato Português, que findou nas mãos do lendário Eusébio.
Ainda naquela temporada, Djalma protagonizou uma grande proeza contra o Braga, maior rival do Vitória de Guimarães. O craque marcou os 6 gols da vitória por 6x2 em casa, e mais os 5 gols da vitória por 5x3 no jogo de volta, fora de casa, totalizando incríveis 11 gols no chamado "Derby do Minho".
Belenense |
Diante de tais feitos, o então técnico de Portugal, Manuel da Luz Afonso, chegou a lamentar publicamente o fato de Djalma não ser português, pois senão reservaria-lhe um lugar na Seleção Portuguesa
Após a brilhante "época" de 1965/66, Djalma foi contratado pelo Porto, onde se tornou o jogador com maior salário do clube. Durante 4 temporadas no maior clube de Portugal, disputou 72 jogos, marcou 42 gols e conquistou a Taça de Portugal de 1967/68.
Depois da passagem pela cidade do Porto, já no ocaso de sua carreira, defendeu ainda as cores do Belenense, Clube Oriental de Lisboa, Marinhense e Espinho.
Dentre os 159 gols de Djalma com a camisa rubro-negra, estão inclusos 9 hat-tricks. Marcou ainda 4 gols em uma única partida duas vezes (Sport 4x0 Santa Cruz e Sport 8x1 Asas, ambos em 1960) e 5 gols em duas outras oportunidades (Sport 8x1 Íbis e Sport 7x0 Íbis, ambos também em 1960). Em 1962, estabeleceu seu recorde no Sport ao marcar 6 gols em uma partida contra o Santo Amaro que terminou em 6x3.
- Amistosos e torneios amistosos: 81 gols;
- Taça Brasil: 3 gols;
- Torneio de Nova York de 1963: 4 gols;
- Campeonato Pernambucano: 71 gols;
- 1959 - 2 gols;
- 1960 - 35 gols;
- 1961 - 7 gols;
- 1962 - 8 gols;
- 1963 - 7 gols;
- 1964 - 12 gols.
Gols de Djalma contra times grandes e médios do Brasil:
Bahia - 1 gol;
Vitória - 1 gol.
*Todos os dados foram coletados da obra de Carlos Celso Cordeiro.
Belíssima matéria.
ResponderExcluirNão conhecia muito sobre o Djalma, apenas que ele era o segundo maior artilheiro do Sport e que era um fanfarrão fora de campo.
Eu gostaria de ver o Marcílio de Aguiar, 7° maior artilheiro do Leão.
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Um desses é que o sport hoje precisa! Não consigo entender como o sport tenha dispensado o atacante Bruno Mineiro? Um excelente jogador que o Náutico está por baixo dos panos negociando o seu retorno ao clube! Já estamos começando errado nas dispensas! Mandaram o saci embora, gostaria de entender essas economias mesquinhas que prejudicam o Clube no geral!
ResponderExcluirDjalma, de vez em quando aparecia no Mercado da Madalena, e ficava irritado quando chamavam cara de buceta de vaca.
ResponderExcluirola sou filho do Djalma, sou muito grato pelo carinho, ass: carlos
Excluirola sou filho do maior ex artilheiro do sport Djalma Nascimento Freitas, sou muito grato pelos carinhos dos amigos colegas e fã, agradeço a Paulo e diretores do sport por tomar frente de tudo, meu pai esta a fazer muita falta, todo ano dias dos pais sempre ligava pra ele,e agora so saudades grande, sem palavras sou grato a todos, ass: Carlos André Freitas.
ResponderExcluirUm muito obrigado ao Djalma Freitas pelos golos marcados ao serviço do VSC de Guimarães contra o seu rival SC Braga, 11 em dois jogos, realmente incrível. (endereçados ao seu filho Carlos Freitas).
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