Aderivaldo Correia de Arruda, o Alemão, recifense, irmão do excepcional goleiro Manga, é o maior zagueiro-artilheiro da história do Sport, com 59 gols.
Defensor de pouca técnica, porém muita raça e vontade, dispunha de um dos chutes mais fortes do futebol brasileiro em todos os tempos. Utilizando-se deste recurso, o "Canhão da Ilha" cansou de fazer gols em cobranças de faltas e pênaltis.
Seus poderosos arremates renderam vários relatos incríveis, que incluem desde redes furadas, jogadores desmaiados ou braços quebrados até penalidades máximas cobradas no travessão com a bola voltando até o meio-campo sem tocar o chão.
Alemão iniciou sua carreira futebolística no juvenil do Sport em 1956. Disputou suas primeiras partidas pela equipe principal em 1959, e começou a se firmar entre os titulares no ano seguinte.
Em 1961, ao lado de craques como Traçaia, Raúl Bentancor e Djalma Freitas, conquistou o Campeonato Pernambucano, marcando um dos gols rubro-negros na finalíssima contra o Náutico na Ilha do Retiro. Após a partida, ainda uniformizado, pagou a promessa de ir a pé até a concentração do Sport na Caxangá.
Em 1962, voltou a conquistar o Campeonato Pernambucano, marcando três dos quatro gols do Sport nas duas finais contra o Santa Cruz. Depois do último jogo, outra vez cumprindo promessa, caminhou da Ilha do Retiro até o Pina.
Em 1963, participou do Torneio de Nova York e novamente da Taça Brasil, marcando gols em ambas competições. Continuou no Sport até 1965, quando foi negociado para o futebol sudestino.
Curiosamente, no Sudeste, teve seus tiros livres prejudicados pela astúcia do oponente pernambucano Almir. Como Alemão tomava muita distância da bola, o Pernambuquinho decidiu se interpor estático no meio do caminho, respeitando a distância regulamentar, fazendo com que o zagueiro tivesse que desviar dele durante a corrida. Resultado: o chute saía descalibrado. A partir desta constatação, todos os adversários passaram a lançar mão da "barreira dupla" (uma barreira antes e outra depois da bola) nas cobranças de Alemão.
Em Recife, no dia 14 de setembro de 1984, com apenas 44 anos de idade, o já aposentado zagueiro-artilheiro faleceu, vítima de um problema cardíaco.
- Amistosos e torneios amistosos: 27 gols;
- Taça Brasil: 2 gols;
- 1963 - 2 gols;
- Torneio de Nova York de 1963: 3 gols;
- Campeonato Pernambucano: 27 gols;
- 1961 - 10 gols;
- 1962 - 9 gols;
- 1963 - 4 gols;
- 1964 - 4 gols.
Gols de Alemão contra times grandes e médios do Brasil:
Fluminense-RJ - 1 gol;
Naninho! Ou será que já tem?
ResponderExcluirValter Barros
Biro-Biro ou Roberto Coração de Leao!
ResponderExcluirMsg:Carlos Eduardo
Fui a um jogo do Paysandu e Sport,pela Taça Brasil, aqui em Belém e vi Alemão fazer um gol de falta que furou a rede.Resultado Sport 3 x Paysandu 0.
ResponderExcluirFenômeno. Eu o vi jogar e fazer gol de falta quase do meio de campo.
ResponderExcluirFenômeno. Eu o vi jogar e fazer gol de falta quase do meio de campo.
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