quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Alemão

























Aderivaldo Correia de Arruda, o Alemão, recifense, irmão do excepcional goleiro Manga, é o maior zagueiro-artilheiro da história do Sport, com 59 gols. 

Defensor de pouca técnica, porém muita raça e vontade, dispunha de um dos chutes mais fortes do futebol brasileiro em todos os tempos. Utilizando-se deste recurso, o "Canhão da Ilha" cansou de fazer gols em cobranças de faltas e pênaltis.

Seus poderosos arremates renderam vários relatos incríveis, que incluem desde redes furadas, jogadores desmaiados ou braços quebrados até penalidades máximas cobradas no travessão com a bola voltando até o meio-campo sem tocar o chão.

Alemão iniciou sua carreira futebolística no juvenil do Sport em 1956. Disputou suas primeiras partidas pela equipe principal em 1959, e começou a se firmar entre os titulares no ano seguinte.

Em 1961, ao lado de craques como Traçaia, Raúl Bentancor e Djalma Freitas, conquistou o Campeonato Pernambucano, marcando um dos gols rubro-negros na finalíssima contra o Náutico na Ilha do Retiro. Após a partida, ainda uniformizado, pagou a promessa de ir a pé até a concentração do Sport na Caxangá.







Naquele mesmo ano, participou da pequena excursão ao Suriname empreendida pelo clube.

Em 1962, voltou a conquistar o Campeonato Pernambucano, marcando três dos quatro gols do Sport nas duas finais contra o Santa Cruz. Depois do último jogo, outra vez cumprindo promessa, caminhou da Ilha do Retiro até o Pina.

Ainda em 62, foi semifinalista da Taça Brasil, tendo sido eliminado somente pelo Santos de Pelé.

Em 1963, participou do Torneio de Nova York e novamente da Taça Brasil, marcando gols em ambas competições. Continuou no Sport até 1965, quando foi negociado para o futebol sudestino.

Curiosamente, no Sudeste, teve seus tiros livres prejudicados pela astúcia do oponente pernambucano Almir. Como Alemão tomava muita distância da bola, o Pernambuquinho decidiu se interpor estático no meio do caminho, respeitando a distância regulamentar, fazendo com que o zagueiro tivesse que desviar dele durante a corrida. Resultado: o chute saía descalibrado. A partir desta constatação, todos os adversários passaram a lançar mão da "barreira dupla" (uma barreira antes e outra depois da bola) nas cobranças de Alemão.

Em Recife, no dia 14 de setembro de 1984, com apenas 44 anos de idade, o já aposentado zagueiro-artilheiro faleceu, vítima de um problema cardíaco.


Alguns dados sobre os 59 gols de Alemão no Sport:
  • Amistosos e torneios amistosos: 27 gols;
  • Taça Brasil: 2 gols;
    •    1963 - 2 gols;
  • Torneio de Nova York de 1963: 3 gols;
  • Campeonato Pernambucano: 27 gols;
    •    1961 - 10 gols;
    •    1962 - 9 gols;
    •    1963 - 4 gols;
    •    1964 - 4 gols.

Gols de Alemão contra times grandes e médios do Brasil:

Fluminense-RJ - 1 gol;
Vasco da Gama-RJ - 1 gol.
Vitória - 1 gol.


*Todos os dados foram coletados da obra de Carlos Celso Cordeiro.





5 comentários:

  1. Naninho! Ou será que já tem?

    Valter Barros

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  2. Biro-Biro ou Roberto Coração de Leao!





    Msg:Carlos Eduardo

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  3. Fui a um jogo do Paysandu e Sport,pela Taça Brasil, aqui em Belém e vi Alemão fazer um gol de falta que furou a rede.Resultado Sport 3 x Paysandu 0.

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  4. Fenômeno. Eu o vi jogar e fazer gol de falta quase do meio de campo.

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  5. Fenômeno. Eu o vi jogar e fazer gol de falta quase do meio de campo.

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